Ao ouvir e ver a tragédia que aconteceu no Haiti, como qualquer pessoa com um mínimo de sensibilidade, é uma situação que me deixa angustiado. Fez-me pensar, quem somos nós? O que andamos aqui a fazer?
Somos como formigas no universo. Somos insignificantes. Nada. Ao mesmo tempo, somos alguém. Quanto mais não seja uns para os outros. Temos pensamentos, gostos, emoções, tristezas, amores e dissabores.
E a ideia com que fico é a de que somos todos iguais! Um sem-abrigo e eu não temos nenhuma diferença a não ser nas condições de vida e a particularidade de cada personalidade. Somos todos iguais e tão desiguais na desigualdade social.
Levamos uma vida stressada, sempre preocupados com tudo e mais alguma coisa, somos marionetas do sistema e não damos conta que a vida é só uma passagem e que a qualquer momento pode acabar, dá que pensar!
Tenho a tendência de pensar nas situações tentando pôr-me no lugar das pessoas atingidas e, apesar de não se comparar à realidade, dá-me uma ideia aproximada do que deve ser perder em minutos o que se tinha, apesar de ser tão pouco e de demorar anos a conquistar. Tais acontecimentos inquietam o coração e trazem o choro de tristeza e de condolência. Por outro lado, há a promoção da solidariedade, pois é dever de cada um fazer o mínimo diante do máximo. Cada um deve fazer a sua parte diante do quadro aterrorizador e destrutivo, embora saibamos que muito mais poderia ser feito. Que Deus nos ajude a todos!
peixe e pão [poema 386]
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o peixe na brasa, o pão
indizível
as mãos que acenam são as pessoas a pedir
há uma multidão por detrás das coisas
é o milagre que acontece
quando o pe...
Há 1 dia
Dizes bem não passamos de simples formiguinhas e em vez de nos unirmos para enfrentar a ira da natureza que lá terá os seus motivos ainda inventamos as guerras para nos esmagarmos uns aos outros
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