sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Pedaços de mim

Dialogo sempre... Nunca paro.
Ele passeava e eu nunca o via. Fazia e eu não via. Acontecia e eu não via. Depois dormia e acordava como se nada tivesse feito. E olhava-me e, eu olhava-o. E ninguém via, só eu.
Nada aconteceu. Não tenho mais esse passado. Esqueci??? Mentira! Escondo-me ??? Sim. Mas não quero ameaças à minha futura felicidade... espero ter uma.
Eu só quero esquecer as tristezas e sorrir! Muito, mesmo sem conseguir completamente. Pelo menos tentar. Afinal, eu sou especialista nisso! Tentar!
Vou tentar usar isso que já foi defeito e transformar em algo melhor para mim...
Hoje, quando eu passar na rua. Não vou olhar. Não vou procurar. E continuarei a caminhar com o meu jeito próprio, com os olhos negros e o coração escuro, embrulhado em felicidade. Algo que me esconde um pouco do mundo, que deturpa a minha visão. Que dificulta a minha vontade inconsciente de encontrá-la. E assim quem sabe vou conseguir.
Quero olhar no espelho e ter vontade de me ver.
Mas bem!
Não quero reprimir as minhas vontades. Não quero me adaptar e ser alguém sem ser pelo menos eu mesmo.
Liberdade pode ser utopia, mas é infinitamente interessante... UTOPIA.
Acho que a vivo e nem sequer sabia.
É uma alegria esquisita que me atormenta. Extrema vontade de gritar e dançar e cantar. Ao mesmo tempo tenho medo de tal euforia destrutiva. Mas deixem estar, tenho feito muito por isso.
Não quero pensar em mais nada, preciso de silêncio, senão não consigo. Senão, não escrevia.
Escrevo pensando e penso falando. Vivo chorando. Vivo sorrindo. Tristonha nostalgia que bate. Então é melhor parar!
Parei de fumar? Mentira.
Parei de beber? Mentira.
Parei de amar? Mentira.
Parei de querer? Mentira.
Parei de acreditar? Mentira
Na emoção do momento descobri que não sei o que escrevo nem bem como conseguir o que quero.
Vou sozinho ao purgatório, e ver qual castigo deve ser aplicado a mim mesmo por tal pecado!


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Fantasia



Alguém me disse outro dia que eu vivia num mundo da fantasia. É verdade, mas realismo em excesso é mau. A fantasia é uma espécie de tempero, com ela a vida fica mais saborosa. Prescindir dela é abdicar de viver à flor da pele. Sou realmente feliz, sou o que eu quero, sou o melhor, sou herói, sou tudo e não sou nada, ao passo que na realidade sou só eu. É como se fosse o actor principal de um filme de acção ou romance e então é como se criasse na minha cabeça a historia que me é mais agradável e poder ser quem quiser. É o mundo do faz-de-conta. Fantasiar é bom! Eu gosto de fantasiar, de sonhar. No meu imaginário surge por dia inúmeras sequências hilariantes que me transportam da minha mera realidade para lugares longínquos, superiores e acima de tudo super-agradáveis! Fantasiar é sinónimo de criar. Sou incapaz de reproduzir o que imagino
Existe uma diferença entre as coisas que eu fantasio e que eu realizo, que vivo, uma diferença às vezes maior e outras menor. Acredito que seja assim com todos porque o pensamento não se traduz exactamente para a realidade na hora da acção Viver numa fantasia é algo que me seduz, mas por vezes caio no chão e noto então o quanto o chão é duro.

Ninguém é feliz quando treme pela sua felicidade

Ninguém é feliz quando treme pela sua felicidade. Não se apoia em bases sólidas quem tira a sua satisfação de bens exteriores, pois acabará por perder o bem-estar que obteve. Pelo contrário, um bem que nasce dentro de nós é permanente e constante, e vai sempre crescendo até ao nosso último momento; todos os demais bens ante os quais se extasia o vulgo, são bens efémeros. "E então? Quer isso dizer que são inúteis e não podem dar satisfação?" É evidente que não, mas apenas se tais bens estiverem na nossa dependência, e não nós na dependência deles. Tudo quanto cai sob a alçada da fortuna pode ser proveitoso e agradável na condição de o seu beneficiário ser senhor de si próprio em vez de ser servo das suas propriedades. É um erro pensar-se que a fortuna nos concede o que quer que seja de bom ou de mau; ela apenas dá a matéria com que se faz o bom e o mau, dá-nos o material de coisas que, nas nossas mãos, se transformam em boas ou más.
O nosso espírito é mais poderoso do que toda a espécie de fortuna, ele é quem conduz a nossa vida no bom ou no mau sentido, é nele que está a causa de nós sermos felizes ou desgraçados. Um homem mau faz tudo redundar em mal, mesmo quando aparentemente as coisas se apresentavam excelentes; um espírito justo e íntegro sabe corrigir os erros da fortuna, sabe, pela sua mesma sabedoria, temperar as ocorrências adversas e difíceis de suportar; um tal espírito é capaz de acolher a felicidade com gratidão e temperança, de enfrentar a adversidade com firmeza e coragem. Imaginemos um homem experiente, que não faz nada sem ter analisado totalmente a questão, que nunca tenta nada que esteja acima das suas forças: tal homem nunca alcançará aquele supremo e completo bem acima de todas as contingências se não se sentir seguro em face da insegurança. Se observares os outros (já que costumamos ser melhores juízes em causa alheia), ou se te analisares a ti próprio sem parcialidade, serás forçado a admitir que aqueles bens que tens por desejáveis e preciosos te serão inúteis se previamente não te preparares para a falibilidade do acaso e do condicionalismo que o acompanha.
Não há dúvida de que é inútil e prejudicial lamentarmo-nos perante o mundo. Resta saber se não é igualmente inútil e prejudicial lamentarmo-nos perante nós próprios. Evidentemente. De facto, ninguém se lamentará perante si próprio, a fim de se incitar à piedade, o que nada significaria. Para quê, então? Não para obter favores, porque o único favor que um espírito pode fazer a si próprio é conceder-se indulgência, e toda a gente percebe quanto é prejudicial que a vontade seja indulgente para com a sua própria e lamentável fraqueza.
Resta a hipótese de o fazermos para extrair verdades do nosso coração amolecido pela ternura. Mas a experiência ensina que as verdades surgem apenas em virtude de uma pacata e severa busca, que surpreende a consciência numa atitude inesperada e a vê, como de um filme que parasse de repente, estupefacta, mas não emocionada.
Basta, portanto!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Não sei porquê

Não sei porquê, sinto uma perto no coração, está pequeno e acelerado, ele fala e os dedos escrevem. Não sei porque me sinto assim, será que é um castigo de Deus ou faz parte da vida? Estou farto de viver nos extremos, será assim tão difícil viver em linha recta? Sem estas oscilações que um dia talvez me levem à loucura.
A vida não é assim tão complicada, o ser humano é que faz pouco uso do potencial do cérebro que tem, é mais fácil apontar os erros dos outros e esconder os nossos, lá no fundo sabemos quando erramos e até sabemos como corrigir, sabemos como conseguir o que queremos, mas dá tanto trabalho, não temos nada para fazer.
Há anos que procuro uma varinha magica, como as das fadas, sempre me facilita a vida, mas não encontro à venda, já fui a tanto lado, desde a bela da loja da griffe aos “chineses”, já corri terras e terras, eu só queria mesmo uma tal varinha magica! Não estou pedir muito, pois não? Afinal é o que todos nós, bem lá no fundo queremos, não é?
Certo dia encontrei uma, maravilha! Fique feliz, felicidade de pouca dura, estava a um bom preço, era grátis! Mas estava muito bem guardada e pesava muito, um peso incalculável, sabem onde a encontrei? Não? Eu digo, encontrava-se cá dentro, pois é! Num cantinho, dentro da razão do meu ser, mas o peso e o sítio não ajuda muito, agora ando à procura de uma grua especial para a tirar. Quando a tiver, então tudo vai mudar, vou deixar de viver nos extremos, qualquer problema, qualquer desejo basta um toque com a varinha e tudo se resolve, (espero que tenha garantia vitalícia).
Mas enquanto não tiro para fora vou vivendo estes meus momentos de tristeza, agonia, alegria, júbilo.
Se realmente queremos mudar, temos mudar de dentro para fora, e não o contrario, todos nós temos uma dita varinha, só temos que a tirar para fora e a usar, bem sei que falar é fácil, aconselhar fácil é. Uma coisa vos digo quando comecei a escrever estava num extremo, já estou no meio, não está mau!! Chegar ao outro é difícil de momento.

domingo, 22 de novembro de 2009

Sou apenas um sonhador

Ontem foi
Hoje é
Amanhã será
Encontrarei o sol ou a chuva?
Sou apenas um sonhador
Eu sonho com vida
Que sonha com dias melhores
Todos estão se divertindo menos eu
Eu sou solitário
Vivo com vergonha
Eu disse adeus ao romance
Adeus aos amigos
Adeus para todos
Acho que nos encontraremos no fim
Sou apenas um sonhador
Eu sonho com vida
Que sonha com dias melhores
E o tempo parece bom
E acho que o sol irá brilhar novamente
E eu sinto que clareei a minha mente
Todo o passado ficou para trás novamente
Sou apenas um sonhador
Eu sonho com vida
Que sonha com dias melhores
Vinho é bom, mas uísque é mais rápido
Pego numa garrafa, afogo as mágoas
E levo para longe o amanhã
Pensamentos e feitios malignos
Frio, sozinho, estou preso em ruínas
Pensei que ia escapar
Sinto que a vida é irreal
Sou apenas um sonhador
Eu sonho com vida
Que sonha com dias melhores
Estou vivendo uma mentira
Há vida após o nascimento
Só pode significar
Confusão na minha cabeça
Quebro regras, bato em portas
Mas não há ninguém cá dentro
Deito-me na cama, descanso a cabeça
Sou apenas um sonhador
Eu sonho com vida
Que sonha com dias melhores



quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ninguém é inutil


“Um carregador de água da Índia possuía duas grandes vasilhas que pendurava nas extremidades de um pau que transportava aos ombros.
Uma das vasilhas tinha várias rachas, ao passo que a outra era perfeita e conservava toda a água até ao final do longo caminho a pé, desde p rio até a casa do seu patrão. Mas quando chegava, a vasilha rachada só tinha metade da água.
Durante anos foi assim diariamente. Claro que a vasilha perfeita estava muito orgulhosa do seu feito, pois achava-se perfeita para o fim que fora criada.
Miserável porque só podia fazer metade de tudo o que era suposto a sua obrigação.
Dois anos depois, a vasilha rachada falou ao aguadeiro e disse-lhe assim:
-Estou envergonhada e quero pedir-te desculpa, porque devido ás minhas rachas só podes entregar metade da minha carga e só obtens metade do valor que deverias receber.
O aguadeiro disse compassivamente:
-Quando regressar-mos a casa quero que repares nas belíssimas flores que cresceram à beira do caminho.
Assim fez a vasilha. E, com efeito, viu muitíssimas flores formosas ao longo do caminho, mas de todos os modos sentia-se aflita porque no fim só restava dentro dela metade da água que devia levar.
O aguadeiro disse-lhe então:
-Reparas-te que as flores só crescem do teu lado do caminho? Semei sementes de flores ao longo do caminho por onde passas, e todos os dias as reguei e durante dois anos pude apanhar essas flores para decorar o altar de Deus. Se não fosses exactamente como és, com os teus defeitos, não teria sido possível criar esta beleza.

musica...1987



A música é magia, é algo que nos eleva, algo muito pessoal... Identificas-te com ela pelo som... Pela letra... Pelo momento especial que passas-te com ela... Afinal todos temos momentos marcados por uma música.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sonhos


É de sonhos que vivemos e para os sonhos que vivemos! Todos temos sonhos que alimentamos desde criança e outros que surgiram em idade adulta. Sabemos que alguns deles podem concretizar-se, mas em relação a outros, não temos tal presunção. Alguns transformam-se em objectivos de vida e deixam de ser sonhos. Daí resulta a necessidade de criar novos sonhos, aspirações de vida, já que parece que a vivência do sonho, o torna mundano, logo fica desprovido daquela envolvente magia que nos transcende. Nesta sequência, lanço então um desafio, que contem um sonho, real ou daqueles que permanecerão para sempre no repouso da idealização.
Porque como dizia António Gedeão, o sonho comanda a vida!

domingo, 15 de novembro de 2009

Quando a vida não é nossa

Há pessoas assim, parece que têm um buraco na alma, algo que lhes falta no seu corpo e faz falta.
Algo que não se vê e só se sente, e caminham uma vida inteira assim, diferente dos outros sem que se perceba.
É uma tristeza, não pertencer a lado nenhum, como se estivéssemos a viver uma vida errada, e não querer olhar para nós mesmos para não nos reconhecermos. É um mal-estar que dói e nos aperta o peito. É sentir-se impotente por não conseguir explicar exactamente o que está errado connosco, é ser e não ser.
Alguns vivem amargurados por dentro. Sentem-se enganados pelo destino, menosprezados pela vida e culpam todos e tudo o que lhes acontece.
Outros inventam-se para poderem sobreviver no mundo dos vivos. Comportam-se da mesma forma, sorriem quando é suposto, enfim, emitam as pessoas ditas normais, com medo da solidão, com medo do medo.
É viver condenado a estar só mesmo quando acompanhado. E depois há a culpa, esse peso terrível que nunca nos abandona porque… há sempre alguém que está pior, …porque não conseguimos explicar a quem está a nosso lado porquê …porque nem sabemos bem como, nem o quê e muito menos porquê, e de repente, sem razão alguma, as lágrimas nos assomam aos olhos e as memórias de como seria, e que nunca a foi.
Deveria haver forma, maneira de conseguir fugir deste destino. É fácil de dizer e muitíssimo difícil de concretizar.
Mas nem o passar dos anos alivia a carga, apenas nos permite encontrar num silêncio profundo que os outros tomam por bom senso, maturidade, um reduto que nos permite esconder de tudo, de todos e principalmente de nós.

sábado, 14 de novembro de 2009

A arte de ser feliz


Acorde todas as manhãs com um sorriso. Esta é mais uma oportunidade que você tem para ser feliz. Seja seu próprio motor de ignição. O dia de hoje jamais voltará. Não o desperdice, pois você nasceu para ser feliz!
Enumere as boas coisas que você tem na vida. Ao tomar consciência do seu valor, você será capaz de ir em frente com muita força, coragem e confiança!
Trace objectivos para cada dia. Você conquistará seu arco-íris, um dia de cada vez. Seja paciente.
Não se queixe do seu trabalho, do tédio, da rotina, pois é o seu trabalho que o mantém alerta, em constante desenvolvimento pessoal e profissional e, além disso, o ajuda a manter a dignidade.
Acredite, o seu valor está em você mesmo. Não se deixe vencer, não seja igual, seja diferente. Se nos deixarmos vencer, não haverá surpresas, nem alegrias...
Conscientize-se que a verdadeira felicidade está dentro de você.
Compartilhe. Sorria. Abrace. A felicidade é um perfume que você não pode passar nos outros sem que o cheiro fique um pouco em suas mãos.
O importante é você ter uma atitude positiva diante da vida, ter o desejo de mostrar o que tem de melhor, é que isso produz maravilhosos efeitos colaterais.
Não só cria um espaço feliz para os que estão ao seu redor, como também encoraja outras pessoas a serem mais positivas.
O tempo para ser feliz é agora.
"Não desista de você, não desista dos seus sonhos.
O mundo preciso das suas ideias, do seu envolvimento.
Descubra o poder de refazer caminhos, histórias e destinos.
Nas suas mãos há uma chama que mesmo apagada,
tem o poder de incendiar paixões e criar novos rumos.
Você tem o poder e agora é a hora certa de usar!
Acredite em você!"
(Paulo Roberto Gaefke)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Dentro

Quem poderá ajudar com a minha mente
acho que sou louco pois
estou em baixo todo o tempo
todo o dia eu penso em coisas
mas nada parece me satisfazer
acho que vou perder a minha mente se
não encontrar algo para pacificar
quero ocupar o meu cérebro
eu preciso de ver as
coisas da vida que não consigo encontrar
não consigo ver as coisas que trazem
felicidade verdadeira
eu devo ser cego
felicidade por vezes não sinto
mas amar para mim é tão real
e tu que lês estas palavras
openiando sobre o meu estado
eu digo-te para curtir a vida, eu bem
que gostaria, não consigo.

O começo


Comecei este blogue por sugestão de alguém. Gosto de escrever, enquanto escrevo desabafo, tiro a revolta que por vezes há em mim, contra não sei quem.
Sou só mais um entre milhões de pessoas.
Estou com algum entusiasmo e expectativa pare ver o que vai sair. De momento estou a aprender a gerir, um papel e uma caneta era bem mais fácil, depois era pôr dentro do envelope, meter o selo e já está...