segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Somos quem amamos

Porque nos expomos tão avidamente ao processo de procura e rejeição? Se fosse apenas uma questão de satisfazer o nosso instinto sexual, poderíamos poupar-nos a frustrações, angústias, ciúmes e traições… porque é o amor tema de tantas músicas e filmes? Pensos que fazemos o que fazemos e sentimos o que sentimos por outro porque é as formas mais acessíveis que temos parem sermos supremamente importantes na vida de outra pessoa. Não é apenas para satisfazer o nosso impulso sexual ou par darmos continuidade à nossa espécie. Vai de encontro à necessidade que sentimos de termos importância para alguém ou como li um vez e achei uma frase maravilhosa “ de sermos o alguém de alguém”. Precisamos de nos sentir amados, na nossa existência dependemos do poder do amor, da intimidade e do relacionamento. Precisamos de pessoas que nos digam que somos especiais, insubstituíveis, pessoas que cuidem de nós, dos nossos medos e inseguranças…. Mas também precisamos de dar amor, de fazer a diferença em alguém. Não só maridos e esposas ou namorados e namoradas mas também pais, filhos, familiares, amigos. Ama-mos alguém para quem a vida será diferente por a ter partilhado connosco. O amor, e, a amizade diga-se também em abono da verdade, são a chave para a sobrevivência neste mundo por vezes muito pouco ou nada amigável. São uma forma de sermos reconhecidos, de reconhecer e de sermos apreciados, de apreciar pelo que somos enquanto seres necessitados e em constante aprendizagem. Amar e ser amado é tornar-se “refém da fortuna”.

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