quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010

Ano vai, ano vem, e muitas vezes o tempo vai simplesmente passando, como areia da praia entre os dedos de nossas mãos. O ano velho é sempre revisto por nós, em maior ou menor grau, por alguma certa reflexão. É quando paramos para dar um último olhar para trás, e quando nos abrimos esperançosos para os dias que virão, como se o simples facto de trocarmos nosso velho calendário por um novo, pudesse nos tornar pessoas diferentes, melhores, mais felizes talvez.
Que tal desta vez fazer diferente? Escrever num papel; Metas para o novo ano: escrever as coisas que realmente queremos fazer, mudar no próximo ano. Mas atenção, algo dentro de nós deve, de verdade, decidir que queremos mesmo e vamos vai mudar e nos fazer sentir melhor e mais realizados e logo mais felizes também. Não que não possamos ser mais felizes, mas não é o passar do tempo que vai fazer isso acontecer mas sim algo dentro de nós que decida que é tempo de mudança.

O que acontecerá no próximo vai depender de quem escolhermos ser por dentro. Vai depender da nossa coragem de abandonar pensamentos e atitudes negativos, que nos vem fazendo mal ao longo do tempo, vai depender da nossa criatividade em querer sermos maior, vai depender da ousadia de arriscar, de ser diferente do normal e ir para além da mera repetição.
Vai depender das nossas atitudes! Sim, porque não basta ter boas intenções. A vida passa, e podemos seguir infelizes até ao seu fim, apenas cultivando boas intenções. Porque intenções sem nenhuma acção é mais do mesmo, meras repetições e como é sabido de todos “cheio de boas intenções está o inferno cheio”.
Muita gente gosta de fazer listas no final do ano e, não deixa de ser interessante e útil porque ao escrevermos as ideias no papel conferimos-lhe um corpo, como se as tornássemos mais reais e mais fácil de atingir. O que acontece muita vez é que não nos mexemos muito para as realizar e deixamos andar e andar, como se elas se realizassem por si mesmas ou que apareça alguém iluminado ou com passes mágicos e as realize por nós.
Eu na minha curtíssima lista escrevo em letras bem grandes uma palavrita:MOTIVAÇÃO.

Bom ano e feliz 2010


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ás vezea, nem sempre




Ultimamente tenho me sentido um pouco melancólico, não sei se é influência do tempo.
Hoje parece que vejo tudo em câmara lenta, parece que o tempo abrandou, mas os ponteiros do relógio insistem em seguir em frente, talvez eles não sintam o mesmo que eu, talvez eles não saibam o que é ser e estar melancólico. Há quem diga que é uma coisa má de se sentir, há quem diga que é uma tristeza para quem não é sociável e que é só para os bichos e não para as pessoas.
Por vezes é preciso parar no tempo, sentir o que nos rodeia, reflectir, meditar no passado, presente e futuro, ver o nosso caminho percorrido e diante os nossos olhos ver o que podemos fazer dele no futuro.
Todos nós nascemos sem pedir, é verdade, mas quem pode recusar a maior dádiva do mundo, a maior dádiva que alguma vez pode existir, a dádiva da vida!
Há sempre coisas que não controlamos, tal como ninguém controla, mas tudo existe por um motivo, tudo tem uma razão, um sentido, um fundamento e um lado positivo! Sim, um lado positivo, por vezes não nos é possível ver esse lado, pelo menos com aquela rapidez que desejávamos.
Mas existe sempre um sempre o lado positivo caso estejamos mais lentos ou a lentidão dure mais tempo que o esperado. Mas quando o virmos, o encontrarmos, vamos ficar de certeza mais fortes, mais confiantes e mais seguros, e mais facilmente ultrapassamos as dificuldades, porque elas sempre virão, sempre existirão, fazem parte da vida, são elas que apimentam a vida, e não conseguiríamos distinguir a verdadeira felicidade, saboreá-la e aproveitá-la ao máximo quando a vivemos.....



segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

6:22

São 6:22 num lado qualquer. Viro-me para o lado esquerdo, um olho aberto e outro fechado, vejo as horas no despertador. Ainda é dedo penso eu! Mal me mexo, a cabeça parece que vai explodir, pesa uma tonelada! A boca, essa, parece que esteve a mastigar papéis de notas de música, as náuseas são sucessivas. Tento não me mexer, sinto que a qualquer momento vou explodir, como um vulcão prestes a entrar em erupção. Rogo umas datas de pragas a mim mesmo. E ali estou eu, deitado, sozinho e a tentar lembrar-me do que se passou na noite anterior, mas de momento está tudo escuro no cérebro, a dor de cabeça é superior a tudo.
Mais uma vez digo que é a ultima, mas não ligo já o disse anteriormente, a preocupação de momento é como me vou levantar pois tenho de ir trabalhar e sei que vai ser doloroso, vai, vai…
Levanto-me devagar apoiado ao que encontro e sirva de bengala, vou até a casa de banho, sinto o meu corpo como um barco no alto mar, em dia de tempestade. Olho-me ao espelho e fico esgazeado com que vejo, que figurinha! Cara bastante pálida, grandes olheiras. Quero falar mas tenho a boca mesmo seca, quero falar mal de mim, estou num estado que nem isso consigo fazer. Depois de o que me pareceu uma eternidade a mijar, sinto o primeiro alívio, cabeça debaixo do chuveiro, mas não alivia nada. Vou para a cozinha meio a cambalear, bebo um chá, e bem! Menos mal. Sempre a pensar no mesmo, porquê, e porquê, mas porquê e mais porquê? É só porquês. Não consigo acabar de pensar, o meu estômago começou às voltas e... e deito tudo para fora, nem um passo dou, é mesmo ali. O segundo alívio, já não preciso de bengala para andar razoavelmente direito, tirando a monumental dor de cabeça. Tento por as ideias em ordem mas o estômago dá mais umas voltas e… e vomito outra vez, fico impressionado como vomito tanto, nunca mais pára, devo ter bebido bem e, vou-me lembrando da noite anterior, começou num copo de vinho e acabou nuns tantos copos de licor Beirão, e o resto foi mais do mesmo…
E mais um dia a água, a comprimidos para a enxaqueca, sem comer, com dor de cabeça, com lamechices e aquelas coisas de quem está com uma enorme ressaca e sente vergonha.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Partilha a dois

Há momentos, na nossa vida, que não deviam nunca deixar passar o tempo. Era bom que se eternizassem, para não permitirem que o quotidiano, apressado e por vezes dolorososo, nos imponha cansaço e desânimo. E embora gravados na memória, os momentos solenes das nossas vidas trazem consigo a fugacidade do tempo. Ficam as fotografias e os filmes. Desatentos, nós vivemos como se não tivessem existido nunca. É isso! Esquecemos da festa, dos votos, da perda do “eu” em favor do “nós” e agimos como “eus” isolados, solitários. Por puro esquecimento! Puro individualismo! A partilha exige-nos uma consciência equilibrada, e nós somos distraídos. A partilha cria em nós um novo ”eu”, resultado de uma dinâmica geradora de uma nova vida , e nós teimamos em evidenciar o velho “eu”. A partilha suscita corpos acesos e almas sedentas de semelhanças, no respeito mútuo das diferenças de cada um, e nós deixamos cobrir pela monotonia, impondo o nosso querer. A partilha implica a tolerância e a ternura e a brandura de ânimo, mas ficamos distantes, implacáveis nos nossos pontos de vista, deixando azedar o amor. Não é fácil a partilha! A atenção e a compreensão constantes, o perdão e a generosidade sempre em riste são condimentos facilitadores da partilha. O amor por vezes é agridoce. O sabor do amor é como o sal. É sempre bom na medida exacta. O diálogo é o sal do amor. Adoça as vidas transformando, harmoniosamente, os seres que o partilham. A partilha é amor!



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Tristeza


Vou falar de tristeza. Sim, porque ela existe, e não são poucas as pessoas que vivem com este sentimento bem lá dentro do seu coração e se fecham não deixando perceber que esse tão mau sentimento nos corrói aos poucos. Podemos ficar tristes por varias razões, por palavras ofensivas, pelos actos de injustiça que praticamos ou vimos praticar a alguém, pela nossa miséria ou pelas misérias dos outros, pelos desastres, pelas guerras, enfim por uma imensidade de coisas. Mas acontece que também ficamos tristes sem lhe conhecermos a sua causa, talvez possa ser uma quantidade de pequenas coisas somadas, ou outra qualquer coisa que nos atingiu e não nos recordamos. Tristeza e desgosto andam de mãos dadas, é um sentimento humano que expressa desânimo ou frustração em relação a alguma coisa, é o oposto de alegria. A tristeza pode causar danos irreparáveis nas pessoas, é preciso que saibamos viver e controlar as nossas tristezas. Tristeza é perdermos alguém que muito amamos, mas a maior tristeza é nada poder fazer para recuperar esse alguém que perdemos, tristeza é um sentimento de grande incapacidade, é ter de viver com a solidão que a tristeza nos provoca, é ver-mos a vida a escorrer-nos pelos nossos dedos vendo os outros serem felizes, e muitas vezes com o objecto das nossas tristezas.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Felicidade


... qual o sentido que damos a essa palavra, qual o significado ela tem para cada pessoa?!, seria apenas um sentido, apenas um estado de espírito ou, podemos das mais valor a ela; como alguns dizem que o sentido da vida é ser feliz, buscar a felicidade.
E, será esse mesmo o sentido da vida?!, Mas, estamos aqui para buscar a nossa felicidade, ou para leva-la para outras pessoas?, O melhor de tudo seria encontrar nas duas maneiras ao mesmo tempo; só nos sentimos realmente completos, se estivermos felizes, e fazendo os outros felizes. De nada adianta ser feliz, se as pessoas a sua volta só vivem na tristeza, na angústia e na solidão; e de nada adianta tentar fazer uma pessoa feliz, sabendo que isso só lhe trará arrependimento e insatisfação depois e, até mesmo no momento. Se a felicidade se encontra realmente nas pequenas coisas; nas coisas mais simples, que na realidade são as mais belas da vida; por que o ser humano complica tudo? Não se contenta com o que tem, quer ter somente uma felicidade instantânea; luta uma vida inteira atrás de conquistas, de maioridade, superioridade, bens materiais; o que por alguns momentos, no final de sua jornada terrestre, lhe tragam instantes de felicidade, o que adianta gastar uma vida inteira tentando construir essa falsa felicidade, se você poderia seguir o seu coração, seguir o seu desejo, viver a vida inteira em paz consigo mesmo, encontrando a felicidade nas cosias mais simples, no sorriso de quem está próximo, e na alegria de ser e fazer os outros felizes.
O ser humano está aqui para viver em comunidade, nunca encontraremos a verdadeira felicidade sozinha.
A felicidade está mais próxima do que imaginamos, é só saber procura-la nos lugares certos...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O ser humano

De quando em vez dou comigo a pensar porque precisamos viver tanto para concluirmos que poucas coisas na Vida têm, realmente, valor e/ou significância. Custa-nos muito, por vezes, quando descobrimos que tudo que fazemos gira em torno de um ideal, imbecil e inerente à condição Humana: Ser mais do que os outros.
Como é importante ser mais, ter mais, fazer mais, saber mais, mais, mais e mais. Por vezes consumimos a nossa curta existência nessa busca.
O que faz com que alguns consigam sobressair nessa corrida? Inteligência? Cultura? Beleza? Não me parece!
Mas afinal o que viemos fazer a este Mundo? Não deverá ser só querer ser mais que os outros.
Ao nascermos, somos colocados diante um caminho, um caminho comprido e com cruzamentos e varias direcções. Ao longo desse caminho encontraremos factores de crescimento e de evolução, oportunidades e obstáculos. Estamos de igual para igual. Mas temos um factor muito importante e, que por vezes damos pouco valor, que é: a capacidade de PENSAR, DECIDIR que caminhos que queremos.
São pensamentos e decisões que nos alteram o rumo da caminhada, por vezes oportunidades desperdiçadas; por medo, por comodismo, por opção, por necessidade…
São os nossos pensamentos que se irão reflectir nas decisões que tomamos e que nos levam pelo caminho que decidimos.
Isto tudo só para dizer que somos nós que temos o poder de pensar e decidir o nosso destino e que o nosso destino está nos pensamentos e nas decisões que tomamos ao longo da vida, dessa que é a nossa caminhada.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ser inteligente

Falando sobre a inteligência ou a falta dela, ao escrever não foco ninguém em geral, nem faço juízos de valor sobre ninguém, é apenas e tão só um exercício de escrita.
Muitos acreditam que inteligente é aquele que tem cursos e diplomas, outros acham que inteligente é aquele que tema capacidade de ganhar muito dinheiro e que depois lhe dará um estatuto de poder.
Podíamos considerar de inteligente todas as pessoas que vivem a vida de maneira agradável, sentindo-se feliz, por mais estranha que possa parecer aos outros.
Se alguém esta feliz, vivendo plenamente cada momento da sua vida, se sabe valorizar o simples facto de estar vivo, participando em pleno nas experiências que o nosso planeta e ávida lhe oferece, penso que esse alguém tem a inteligência necessária para compreender o sentido da vida.
Inteligente é a pessoa que aprendeu a relacionar-se com os problemas da vida, o que não significa obrigatoriamente resolve-lo.
Nós devemos mantermos felizes, apesar de porventura tínhamos que enfrentar.
Um grande sinal de inteligência é ser capaz de optar por sentir-se feliz, mesmo quando as circunstâncias exteriores forem dolorosas para nós, na verdade a vida é uma geradora interminável de problemas. Por isso se formos esperar que não existam problemas para sermos felizes bem podemos esperar sentados, que em pé morremos de cansaço. Alguém inteligente compreende isto muito bem e é capaz de separar aquilo que está sentindo dentro de si das circunstâncias exteriores.
O que pensamos reflecte-se na maneira como sentimos, por sua vez, determina a maneira como agimos. A nossa atitude perante a vida é apenas a expressão do que pensamos.
Se não estamos bem, se não encontramos sentido na vida, a opção é mudar, SER INTELIGENTE!
Mudarmos a maneira de pensar, logo mudamos a maneira de sentir.
Quantas pessoas têm coragem de mudar, de serem inteligentes, e enfrentar as crenças, os preconceitos, as normas e regras da Sociedade em que vivemos?
Quantas pessoas se atrevem a questionar as próprias atitudes?
Quantas pessoas se atrevem a ter coragem de mudar?
Quantas pessoas se atrevem a usar a inteligência?
É fácil pensarmos que é necessário ser inteligente! Mas, quando sentimos as dificuldades do dia-a-dia, quando nos deparamos com os obstáculos da própria vida. A situação é diferente! Será que temos mesmo a inteligência, capacidade e coragem de mudar, não só a maneira de sentir, mas sobretudo de pensar?
Por outro lado, quantas armadilhas nos podem colocar, ao saberem que reagimos apenas numa desproporção emocional e sem inteligência?
Manter a serenidade perante as dificuldades não é fácil, mas é possível.
Como se consegue? Trabalho interior! Muito trabalho!
Primeiro, perceber que a nossa reacção não é a mais adequada para o que queremos, segundo, perceber como agimos e terceiro, trabalho, trabalho e mais trabalho diariamente.
Só com perseverança conseguimos manter a serenidade perante situações de ansiedade.
Mas essa serenidade é compensadora, em termos de paz interior, a tal paz que nos faz sentir de bem com a vida e alegria por estarmos vivos! A tal paz interior que contribui decisivamente para a nossa felicidade.
O que teremos então a perder se usarmos a inteligência?
Ser Inteligente é um caminho para a paz interior e para a felicidade.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

ozzy...1981

"A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende" Arthur Schopenhauer

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

E se eu disser que hoje…

...Acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo ouvindo as pessoas na rua, e sabendo que tenho coisas para resolver, acordei triste e chateado, aborrecido comigo mesmo. Estou farto de acordar assim. E se eu vos disser que é sempre assim, o que me dizem? Se eu disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem para sentir culpa pela minha inércia, que hoje levantei me devagar e tarde e que não tive vontade de nada, o que me dizem? Porque não toleramos a tristeza? Nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém? Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone ao psiquiatra.•
A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registo da nossa sensibilidade busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou com si mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Espírito natalício




Eis que chegou o natal novamente. As ruas e os shoppings estão cheios de pessoas apressadas a comprarem os presentinhos. As lojas de coradas com arranjos natalícios e com luzinhas coloridas, pinheiros e pais natais de vários tamanhos e medidas. Nas TVs e rádios, os anúncios propagam as melhores presentes, como verdadeira pandemia.
Nas empresas ocorrem confraternizações, onde bajulam muitas vezes confrangimentos e mentiras que compõe verdadeiros odes a hipocrisia. As famílias preparam os encontros, reuniões, ceias de Natal, onde não pode faltar o peru, o bacalhau.
Por vezes pergunto-me, será que as pessoas estão de facto interessadas no que pregou Jesus Cristo, o tal que supostamente comemoramos o seu nascimento nesta data? Sinto-me realmente triste quando penso nisto porque a própria e verdadeira mensagem, espírito de Natal perdeu-se nesta amálgama atarefada sociedade de consumismo e demagogia que tomou conta de nós durante o ano mas, muito em especial nesta altura.
A figura do pai natal torna-se um símbolo que não combina muito bem com o verdadeiro espírito de natal, que em abono da verdade deveria ser todo o ano, solidariedade, amizade, paz na terra aos homens ou dito de outra forma o pai natal traz a mensagem da moderna sociedade de consumo imediato, onde para ser feliz é preciso ter dinheiro, logo sucesso e em resultado um vencedor. Isto segundo as leis que a sociedade e o capitalismo nos impuseram.
Fico a pensar se quem não tem comer para por na mesa no dia da consoada, nem presentes para oferecer se também pertence ao “nosso mundo”?
E como um despertador que desperta todos os dias à mesma hora, de repente as pessoas tornam-se boas fazem caridade, fazem ofertas de coisas básicas e presentes a orfanatos e sem abrigos, numa espécie de descargo de consciência e de boa acção obrigatória, como se essas pessoas não existissem o resto do ano
Todo Natal é assim, tentamos fazer o bem, que durante o ano todo não fizemos ao nosso semelhante.
Acho muito bonito, a comunhão criada pelo “espírito de Natal”,mas... E Jesus? Onde entra, de facto, nesta festa?
Nós, os “crentes”, celebramos o nascimento de Jesus, somos sabedores de tudo o que esta data representa, Mas também nos rendemos às festas! Nada contra, sou sempre a favor de celebrações! Mas temos que ter em mente nestes dias que Jesus, aquele que foi anunciado como rei, nasceu na humildade de uma estrebaria. Lembrar que Ele veio para nos salvar, que desde cedo demonstrou o poder que emanava de si. Que cresceu, e foi preparando seu caminho, o grande ministério. Um ministério inigualável!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A ti...

No teu rosto
o olhar sedento,
espelha o meu desejo.
Beijos ardentes,  
ternos, sôfregos trocamos.
Nas tuas mãos entrego
o meu corpo em espasmos
que brincam por teus caminhos,
e um desejo sorrindo colorido
nos meus lábios surge.
Um mamilo túrgido pulsa entre meus dentes,
enquanto a minha mão faz-se arteira
trilhando e desbravando teu ventre,
meu corpo geme e responde a cada toque,
fazes-me louco quando o atiças,
num impulso puxo-te e, entre dentes
ao teu ouvido sussurro:
- Vamos ser um só...

E a noite torna-se um prelúdio de gozo...