Porque nos expomos tão avidamente ao processo de procura e rejeição? Se
fosse apenas uma questão de satisfazer o nosso instinto sexual,
poderíamos poupar-nos a frustrações, angústias, ciúmes e traições…
porque é o amor tema de tantas músicas e filmes?
Pensos que fazemos o que fazemos e sentimos o que sentimos por outro
porque é as formas mais acessíveis que temos parem sermos supremamente
importantes na vida de outra pessoa. Não é apenas para satisfazer o
nosso impulso sexual ou par darmos continuidade à nossa espécie. Vai de
encontro à necessidade que sentimos de termos importância para alguém ou
como li um vez e achei uma frase maravilhosa “ de sermos o alguém de
alguém”.
Precisamos de nos sentir amados, na nossa existência dependemos do poder
do amor, da intimidade e do relacionamento. Precisamos de pessoas que
nos digam que somos especiais, insubstituíveis, pessoas que cuidem de
nós, dos nossos medos e inseguranças…. Mas também precisamos de dar
amor, de fazer a diferença em alguém. Não só maridos e esposas ou
namorados e namoradas mas também pais, filhos, familiares, amigos.
Ama-mos alguém para quem a vida será diferente por a ter partilhado
connosco. O amor, e, a amizade diga-se também em abono da verdade, são a
chave para a sobrevivência neste mundo por vezes muito pouco ou nada
amigável. São uma forma de sermos reconhecidos, de reconhecer e de
sermos apreciados, de apreciar pelo que somos enquanto seres
necessitados e em constante aprendizagem.
Amar e ser amado é tornar-se “refém da fortuna”.
O último beijo
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Lembro-me bem do teu último beijo. Foi o último dos teus murmúrios de
beijo. Tirei-te a máscara de oxigénio, encostei a minha cara nos teus
lábios e tu mo...
Há 5 dias