Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
Para todos os stressados...
betão à roda [poema 398]
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cada vez que encontro a rua, vejo árvores de betão a andar
cada vez que saio à rua, escondo-me por dentro e choro.
não são lágrimas de emoção, são de inco...
Há 2 semanas
Sabes que este é um dos meus poemas preferidos? Adoro mesmo! Só que raramente consigo pô-lo em prática... eu sou assim a rainha dos stresses... lol
ResponderEliminarBeijinhos
Rita
Adoro Pessoa =)
ResponderEliminarFernando Pessoa o meu preferido,e muito sentido faz neste momento esse poema
ResponderEliminarbeijinhos