domingo, 6 de março de 2011

Gritos mudos

Procuro um lugar onde eu possa gritar em paz, onde ninguém me ouça e pergunte porque estou gritando.
Quero gritar sem ter que dar satisfação a ninguém, nem a mim mesmo!
De quando em vez dá-me uma vontade tão grande de gritar. Mas um grito tão alto que ninguém vai ouvir e sentir a força que ele tem.
Gritar de amor, da perda, da separação, de emoção, de incapacidade, de impotência, da dúvida. Gritar até ficar tonto, até ficar sem voz.
Gritar não só com a garganta, queremos gritar com os poros, com o corpo todo, pronto!
Tenho motivos para gritar de amor e de dor. Gritos de alegria e felicidade. Gritos de dúvidas. Gritos de saudade. Gritos de tristeza, gritos de insatisfação, e principalmente, da vontade de gritar por querer gritar e não saber ou conseguir.
Estou cansado, não sei que caminho tome, o que fazer, como me vencer!
Vencer as minhas não vontades, os meus não desejos, tudo o que está errado e devia ser certo!
Felizes são os doidos que gritam. Os bons costumes e o denominado “ correcto” impedem-nos de fazer aquilo que de realmente queremos fazer
Pior é quando cometemos erros, asneiras, e não podemos anuncia-los ao mundo por falta de coragem ou até mesmo por precaução.
E quando queremos muito uma coisa e não conseguimos, que não está ao nosso alcance? Ah! Que vontade de gritar...
E quando sentimos que nos estão a passar a perna. Quando fomos usados, quando fomos passados para trás. Ah! Que vontade de gritar...
Quando não gritamos, o que nos resta é chorar. Sejam emoções boas ou más. Chorar até formar rios, que desagúem nos mares...


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