quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Sorriam...

É impressionante a quantidade de pessoas pelas quais passamos todos os dias, muitas vezes as mesmas pessoas, dia após dia, por volta da mesma hora, nos mesmos sítios, mas sempre distantes, ausentes, frios, de cara fechada.
É o sra Dos jornais e das revistas, é o motorista do autocarro, a menina da pastelaria, as pessoas que passam por nós...

Vivemos numa sociedade fechada em nós próprios, governada pelo medo do próximo, falta de empatia, pensar apenas em nos, o bem-estar próprio, o nosso EU apenas. Somos fruto de uma sociedade que nos vai moldando, nem sempre da melhor forma, nem sempre da melhor maneira.
Vi certa vez num programa que comparava as diferenças na ajuda entre uma cidade e numa aldeia. No primeiro caso, estava um homem deitado no chão duma ponte no meio da cidade, como se tivesse caído, varias pessoas passaram ate que houve uma que parou para ver se estava tudo bem, no entanto na aldeia, as primeiras pessoas param e perguntaram se estava tudo bem e se ele precisava de alguma coisa. No segundo caso, era deixada uma carta no chão perto do marco do correio, na cidade as pessoas nem olharam para o chão, passavam por cima da carta, na aldeia, as pessoas pegavam na carta e iam por no correio.
É curioso o como o facto de numa muitos haver mais pessoas e, em vez de se fazerem sentir mais seguras e mais à vontade, apenas as torna mais sós, mais isoladas!
Muitas vezes basta sorrirmos para fazermos alguém sentir-se melhor, um bom dia sorridente, um olá que muda a outra pessoa. Quantas vezes não acontece chegaremos a um balcão para tratarem de alguma coisa e a cara sisuda de quem nos atende nos deixou de pé atrás?
É bom sentir que mesmo nesses casos, um sorriso da nossa parte, uma maneira de falar mais aberta muda as coisas e acabam todos a brincar com alguma situação, a partilhar algo e a falar duma forma mais alegre!

Depois temos aquela pessoa que nos vê todos os dias e nos sorri, que nos atende e nos trata bem, a menina da pastelaria que sabe o que vamos querer comer e prepara andes de chegarmos, a sra do quiosque que já tem o jornal ou a revista na mão à nossa espera...

Sorriam, façam algo pelos outros, mudem alguma coisa em vós e pode ser que o que está à nossa volta mude também de alguma forma para nós!


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