quinta-feira, 15 de julho de 2010

Vira o disco e toca o mesmo...

Há dias que são assim, são tantos que já é banal. Uma incerteza, uma espécie de melancolia, tudo está errado, que nada certo. Depois a velha historia: um sentimento de impotência, de inércia e de solidão, vontade de não fazer nada e o pouco que faço é com um tremendo esforço.


São dias de marasmo e de monotonia, onde nada acontece e o que acontece é nada de jeito. É tudo sempre igual e rotineiro. Dá vontade de chorar, de fugir pra qualquer lugar onde não conheça ninguém, onde não me lembre de nada, onde eu apague os problemas e onde eu comece de novo.

Mas ainda bem que são apenas alguns dias, alguns momentos; Depois você percebe-se que é impossível fugir, é impossível viver só de alegrias e que não dá pra se conformar com o pouco e é preciso viver e ir buscar o muito da vida ao muito da tristeza. É deixar que a melancolia entre na nossa vida só por instantes, a fim de mostrar que é preciso melhorar, é preciso correr atrás e que ainda há muito mais a fazer.

Não sabemos o que são a alegria e felicidade se não houvesse a dor e a tristeza. Elas mostram que há algo de errado e que precisamos descobrir e consertar. A nossa vida é cheia de "altos e baixos", mas não podemos deixar que os "baixos" sejam em maior número. E é isso que tenho feito, lutado para não me deixar abater pelas situações. Tenho procurado entender que há tempo para todas as coisas. E que Deus tem preparado maravilhas para mim, eu só preciso fazer a minha parte. É preciso cultivar os bons momentos e tirar proveito dos maus. E depois de ler o que escrevi, percebo que é sempre a mesma conversa blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, wiskas saquetas (esta é da autoria da Dark angel).

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Prazer

O prazer está muitas vezes conotado com o pecado. No caso concreto do amor, o prazer associado ao sexo, muitas vezes visto como pecaminoso, associado a excessos, à irresponsabilidade (por algumas mentes de pequena estatura). E no entanto o prazer existe em todas as formas de amor e de sexo, e regula toda a nossa existência e os nossos comportamentos

Os nossos amores podem implicar por vezes sacrifícios, generosidade, compaixão, caridade, mas até no fundo desses amores e desses actos não deixa de haver sentimentos de prazer.
Quando amamos o que quer que amamos, não deixamos de retirar prazer, satisfação, desse amor. Quando amamos certas ideias, certas formas de poder, ou certas expressões artísticas, fazemo-lo porque temos prazer nisso. O amor é indissociável do prazer. Não se pode amar duradouramente e intensamente sem retirar prazer daquilo que amamos.

É inelutável e inalienável. As nossas vidas estão restringidas por princípios e regras de prazer e dor. Somos animais cujos comportamentos e mentes estão enquadrados nesses termos. Procuramos o prazer e fugimos à dor. Procuramos o prazer da comida, o prazer da poesia, o prazer da música, o prazer do poder, do domínio. Fugimos à dor imediata, à dor causada pelo espectro da morte, à dor associada aos nossos medos.

Nesta perspectiva, o amor é apenas uma das vias de obter prazer, a alegria talvez a via porventura mais importante, sem a qual, a vida perde o sentido e não há prazer.